Os dados recentemente divulgados pela Autoridade Tributária (AT) revelam um cenário fiscal robusto em Portugal durante o ano de 2022, com um notável aumento no pagamento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) por parte das empresas. Este aumento reflete uma economia em clara aceleração, segundo análise da consultora Capitalizar.
O retrato fiscal de 2022, refletido nos pagamentos efetuados em 2023, destaca um aumento no número de empresas que declararam IRC, bem como um crescimento no montante total de imposto liquidado. A taxa média efetiva de IRC também registou um aumento, elevando-se para 20,3%.
As atividades financeiras e de seguros destacam-se como os principais contribuintes para o pagamento do IRC, representando 27,1% do total liquidado. Além disso, as empresas com um volume de negócios superior a 5 milhões de euros são responsáveis por uma parcela significativa do IRC liquidado, apesar de representarem uma pequena percentagem do total de empresas.
Os números revelam um aumento de 3,9% no número de declarações de rendimentos Modelo 22 em comparação com o ano anterior, acompanhado por um salto de 28,7% no Resultado Líquido Positivo declarado. Embora o Resultado Líquido Negativo também tenha crescido, houve uma ligeira diminuição no número de entidades com resultado líquido negativo.
O IRC liquidado em 2022 testemunhou um aumento substancial de 39,7%, totalizando um crescimento de mais de 2.000 milhões de euros. Este crescimento foi acompanhado por um notável aumento de 57,7% na Derrama Estadual.
José Pedro Pais, partner da Capitalizar, destaca que “estes dados refletem um panorama robusto de crescimento da economia portuguesa em 2022, destacando um aumento significativo na contribuição fiscal das empresas.”
Empreendedor, 06 de abril de 2024.