IRC pago no ano passado, referente a 2022, revelou que houve mais empresas a declarar o tributo, houve mais imposto liquidado e a taxa média efetiva superou a fasquia dos 20%. Os dados divulgados pela AT apontam as atividades financeiras e de seguros como as que mais contribuíram para o pagamento daquele imposto. “Os números da Autoridade Tributária refletem um panorama robusto e uma economia em clara aceleração, com aumento significativo da contribuição fiscal das empresas”, refere a análise da consultora Capitalizar. O número de declarações de rendimentos Modelo 22 registou um aumento de 3,9%, em 2022, representando um acréscimo de mais de 60 mil declarações, em comparação com o exercício anterior. O resultado líquido positivo declarado registou um avanço de 28,7% de 2021 para 2022, totalizando um acréscimo de cerca de 13 mil milhões de euros. “Esse aumento foi acompanhado por um crescimento de 8,3% no número de entidades com resultado líquido positivo. Apesar do crescimento no resultado líquido negativo, que aumentou em 6,4% no período em análise, houve uma ligeira diminuição de 0,3% no número de entidades com resultado líquido negativo”, avança a consultora fiscal e financeira. Relativamente ao IRC liquidado em 2022, verificou-se um aumento de quase 40%, totalizando um crescimento de mais de dois mil milhões de euros. Já a taxa média efetiva de IRC cresceu 1,4%, elevando-se de 18,9% para 20,3%. Por sua vez, a derrama estadual teve um aumento substancial de 57,7%, em 2022. A análise dos dados revela que “as atividades financeiras e de seguros foram as que mais contribuíram para o pagamento do IRC, representando 27,1% do total do imposto liquidado. As empresas com um volume de negócios superior a cinco milhões de euros foram responsáveis por 57,3% do IRC liquidado, apesar de representarem apenas 2,1% do total de empresas”, conclui a Capitalizar.
Vida Económica, 12 de abril de 2024.
