De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro média dos contratos de crédito à habitação voltou a descer em julho, fixando-se em 2,951% nos novos contratos, o valor mais baixo desde dezembro de 2022.
Esta descida prolonga a tendência já observada há 18 meses consecutivos, durante os quais as taxas de juro têm vindo a reduzir-se de forma ininterrupta.
Principais destaques:
- Taxa de juro implícita (global): fixou-se em 3,385%, menos 9,4 pontos base face a junho.
- Novos contratos (últimos três meses): taxa de juro de 2,897%, o nível mais baixo em quase três anos.
- Prestação média (global): manteve-se em 394 euros, com 192 euros afetos a capital e 202 euros a juros.
- Prestação média (novos contratos): situou-se em 635 euros, refletindo o maior valor médio dos empréstimos.
- Capital médio em dívida (global): 72.270 euros, mais 593 euros face ao mês anterior.
- Capital médio em dívida (novos contratos): 159.553 euros, mais 2.203 euros do que em junho.
Contexto
A descida das taxas está associada à evolução das Euribor, que permanecem abaixo de 2% apesar da instabilidade recente. Ainda que os juros representem a principal fatia das prestações, a tendência de queda tem aliviado ligeiramente o peso financeiro para as famílias.
No entanto, o aumento do capital médio em dívida continua a acompanhar a valorização acelerada do mercado imobiliário, reforçando a pressão sobre o crédito à habitação em Portugal.
Público, 20 de Agosto de 2025