O ano de 2023 fica marcado por um aumento das insolvências e dos encerramentos de empresas. Para travar a escala de insolvências e um turnaround empresarial, é necessário um diagnóstico financeiro atempado e o apoio especializado.
Se por um lado, 2023 fechou com um recorde na criação de novas empresas (51.320) – ultrapassando pela primeira vez a marca das 50 mil novas empresas num ano, por outro lado, também as insolvências aumentaram 18%, com 1.917 empresas em processo de insolvência.
Os setores alojamento e restauração, agricultura e outros recursos naturais e energias e ambiente foram os únicos que conseguiram contrariar esta tendência e fecharam o ano com menos processos de insolvência.
Já a indústria foi a grande responsável pelo aumento verificado em 2023, com mais 148 processos de insolvência, mais 47% do que no ano anterior.
Na análise da consultora Capitalizar, especializada em reestruturações empresariais, “este aumento reflete os desafios económicos e financeiros que muitas empresas enfrentam devido à instabilidade económica global. Para contrariar esta tendência alarmante, sublinha a urgência em apoiar as empresas na identificação dos seus problemas, a encontrar soluções que lhe permitam recuperar, evitando assim caírem numa situação de insolvência”.
“O aumento das insolvências empresariais é um sinal claro de que as empresas em Portugal estão a enfrentar dificuldades financeiras significativas. No entanto, é fundamental entender que a insolvência não é o único caminho a seguir. O diagnóstico financeiro atempado e o apoio especializado são fatores determinantes no turnaround das empresas. Identificar e abordar os problemas financeiros de forma proativa é fundamental para evitar que uma situação de insolvência se torne inevitável”, explica José Pedro Pais, Partner da Capitalizar.
Executive Digest, 18 de janeiro de 2024.