As taxas de juro têm apresentado uma tendência decrescente, proporcionando algum alívio às famílias nos encargos com o crédito à habitação. A questão que se coloca é se esta tendência de descida se manterá e qual poderá ser o impacto nas prestações. Além disso, é crucial considerar se existem alternativas que mereçam ser analisadas.
No ano corrente a tendência aponta para algum alívio. O Banco Central Europeu já iniciou a redução das taxas de juro, o que se reflete nas prestações. No final do ano passado, as taxas Euribor rondavam os 4%, enquanto em junho deste ano a média da Euribor, que serve de referência para os créditos, situava-se em cerca de 3,7%.
Esta diminuição representa uma redução de 42 euros na prestação de um empréstimo nas condições mencionadas, evidenciando que a queda das taxas de juro já está a beneficiar as famílias com créditos indexados à Euribor.
No entanto, é crucial entender o que esperar nos próximos meses. Existem previsões de que o BCE reduzirá novamente as taxas de juro este ano, mas é importante notar que essas quedas não serão tão acentuadas quanto as subidas registadas em 2022 e 2023.
Segundo uma sondagem da Reuters realizada em julho, 85% dos economistas preveem que o BCE diminuirá a taxa de juro de referência em setembro e dezembro, podendo alcançar os 3,25%. Quanto a 2025, há ainda muita incerteza.
Se o BCE de facto reduzir as taxas para 3,25%, a Euribor deverá acompanhar essa descida, o que, no caso do crédito mencionado, resultaria numa redução de mais de 50 euros na prestação.
Contudo, estas descidas serão graduais e não imediatas. As previsões apontam para uma redução suave das taxas, com a Euribor a acompanhar lentamente as decisões do BCE.
Importa referir que a Euribor tende a antecipar as decisões do BCE, o que significa que, caso se preveja uma redução para 3,25% em dezembro, é provável que as taxas Euribor comecem a cair antes mesmo de o BCE implementar essa medida.
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