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Tensões Geopolíticas e Guerra Comercial: Impacto nas Empresas e Economias

A Allianz Trade, acionista da COSEC, alerta que uma “guerra comercial generalizada” pode prejudicar o crescimento económico global e reavivar as pressões inflacionistas, apesar das recentes melhorias no risco país de várias economias.

Contexto Global: Melhorias e Riscos Persistentes

Em 2024, a Allianz Trade melhorou a avaliação de 48 economias, mais do dobro das atualizações positivas registadas em 2023. No entanto, a seguradora de crédito destaca que o risco país continua altamente exposto às tensões geopolíticas e financeiras, que poderão inverter esta tendência já em 2025-2026.

A CEO da Allianz Trade, Aylin Somersan Coqui, aconselha as empresas a monitorizar atentamente as suas estratégias de crescimento, dada a crescente onda de protecionismo e instabilidade política que poderá tornar as cadeias de abastecimento ainda mais complexas.

A Diretora de Estudos Económicos da Allianz Trade, Ana Boata, sublinha que uma guerra comercial global teria um impacto significativo na confiança dos investidores, levando-os a adotar uma posição mais cautelosa e travando o dinamismo da economia. Além disso, a crescente polarização política e social em vários países impõe desafios adicionais, como o aumento da agitação civil e os impactos da inflação e dos ajustamentos orçamentais.

O Papel dos Decisores Políticos e as Implicações para as Empresas

Neste contexto, os decisores políticos enfrentam o desafio de colmatar o défice de confiança e mitigar os riscos de polarização. Com os EUA a implementar novas tarifas sobre importações do Canadá, México e China, antecipam-se medidas retaliatórias que poderão impactar os fluxos comerciais internacionais e as cadeias de abastecimento globais.

Portugal: Crescimento Resiliente e Risco País Baixo

Apesar deste panorama global incerto, Portugal surge com um risco país baixo, segundo a Allianz Trade. O país tem mantido um crescimento económico moderado, mas resiliente, consolidando a sua posição após a crise da dívida soberana da Zona Euro.

A seguradora destaca ainda que Portugal reduziu a sua dívida pública de 134,1% do PIB em 2020 para 97,9% em 2023, beneficiando do crescimento económico e das reformas orçamentais. O saldo orçamental voltou a um excedente em 2023 e, segundo as previsões, deverá continuar positivo até 2026, desde que o défice orçamental se mantenha controlado.

A conjuntura internacional exige que as empresas estejam preparadas para desafios geopolíticos e económicos inesperados. A incerteza comercial global, aliada à crescente volatilidade das relações internacionais, reforça a necessidade de uma gestão estratégica de risco bem estruturada.

Empresas que operam em mercados internacionais devem manter-se atentas às tensões comerciais e às políticas protecionistas, garantindo que as suas estratégias de crescimento são adaptáveis e resilientes face às mudanças económicas globais.

Caso necessite de mais informações ou apoio na gestão do risco empresarial, a nossa equipa está disponível para ajudar.

ECO, consultado a 6 de fevereiro de 2025

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