Esta preocupação surge com uma posição média de 4,34 entre as principais inquietações para este ano. Seguem-se a ausência de reformas estruturais concretizadas, a cibersegurança e a falta e mão-de-obra qualificada, segundo revela o estudo do observatório da competitividade fiscal.
Grande parte das empresas portuguesas tem como principal preocupação a elevada carga e esforço fiscal, segundo as conclusões do estudo do observatório da competitividade fiscal.
Esta preocupação surge com uma posição média de 4,34 entre as principais inquietações para este ano. Seguem-se a ausência de reformas estruturais concretizadas, a cibersegurança e a falta e mão-de-obra qualificada.
O estudo mostra que os empresários estão mais otimistas sobre a complexidade e eficiência do sistema fiscal português, no entanto é um otimismo muito ligeiro, uma vez que, face ao ano passado, a percentagem diminuiu 2%.
José Pedro Pais, partner da Capitalizar, afirma que “a elevada carga e esforço fiscal são, de facto, uma das principais preocupações dos empresários portugueses, que sentem um peso excessivo sobre os seus negócios. Esta situação cria barreiras ao crescimento e à competitividade das empresas, especialmente num contexto global em que a eficiência fiscal é um dos fatores determinantes para atrair e reter investimento”.
“O sistema fiscal português, tal como se encontra, revela-se complexo e burocrático, dificultando a vida aos empresários que desejam focar-se naquilo que verdadeiramente importa: a criação de valor e de emprego. Há uma necessidade urgente de simplificar o sistema e torná-lo mais transparente e previsível, permitindo às empresas maior capacidade de planeamento e execução das suas estratégias de crescimento”, salienta o consultor.
Na opinião de José Pedro Pais a “fiscalidade pode e deve ser uma alavanca para premiar o mérito e o investimento, e não um fardo que desincentiva o progresso”.
Jornal Económico, 8 de outubro de 2024.